"Sempre conservei uma aspa à esqueda e à direita de mim." - Clarisse Lispector

domingo, 22 de agosto de 2010

Limite


   Desisti. E isso é a coisa mais triste que tenho a dizer. Não brigo mais com a vida, não quero entender nada. E eu seguia brigando. Querendo o mundo do meu jeito. Na minha hora. Querendo consertar a fome do mundo e o restaurante brega. Algo entre uma santa e uma pilantra. Desde que no controle e irritada. Agora, não quero mais nada. De verdade. Atropelei o mundo e eu mesma. Tanta coisa dentro do peito. Tanta vida. Tanta coisa que só afugenta a tudo e a todos. Ninguém dá conta do saco sem fundo de quem devora o mundo e ainda assim não basta. Eu simplesmente me recuso a repassar a história, seja ela qual for, pela milésima vez. Deixa a vida ser como é.

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