"Sempre conservei uma aspa à esqueda e à direita de mim." - Clarisse Lispector

domingo, 8 de agosto de 2010



      Não somos um casal melado, na verdade nem somos um casal, mas duvido que tenha alguém que duvide do nosso sentimento. Quer dizer, a gente duvida, mas a gente é louco. E o homem perfeito teria a maior paciência do mundo em me curar dessa loucura, e você tem a maior paciência do mundo em aumentar a minha loucura. Você pode não ser o homem perfeito de boa-vida, mas certamente eu o trairia com você, porque no fim desses dias a única vontade que eu tenho é de deitar no seu peito e sentir seu cheiro, te dando mil beijos, olhando dentro dos seus olhos e dizendo o quanto nenhum dos homens que eu tive chegaram aos seus pés, nenhum deles chegaram onde você chegou. Te amar não é fácil, é quase o anti-amor. Eu nem consigo dizer pra você desse amor, por medo da minha loucura e intensidade atrapalhar o que nós construimos nesse tempo com tanta calma. É muito, quase como se você nem existisse, porque só o homem perfeito mereceria tanto sentimento. E eu te anulo o tempo todo dizendo para mim, repetindo para mim, o quanto você falha, o quanto você fraqueja. E fazendo isso, eu só consigo te amar mais ainda. Porque você enterrou meu sonho aprisionado pela perfeição e me libertou para vivê-lo. Me fez perceber que entre qualquer homem do mundo eu escolheria você. E a gente vai por aí, se completando assim meio torto mesmo. E Deus escrevendo certo pelas nossas linhas que se não fossem tão tortas, não teriam se cruzado.

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